quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

"O BANDO"


Grupo de rock formado em São Paulo (SP) no final da década de 1960. Sua principal característica foi a mistura de elementos folk com o rock. Integrado por Marisa (voz), Paulino (guitarra), Américo (guitarra), Emílio (órgão), Rodolfo (baixo) e Diógenes (bateria) no ano de 1969 apresentou-se no “IV Festival Internacional da Canção Popular” e participou do disco duplo que a Philips lançou com os participantes do evento.
Neste mesmo ano lançou o LP “O Bando” pela gravadora Polydor e um compacto simples com as músicas “Esmagando a sua sorte” e “Vou buscar você”, também pela Polydor.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

"DOM & RAVEL"


A dupla brasileira Dom & Ravel surgiu na década de 1960. Em 1970, por ocasião da Copa do Mundo realizada no México, conquistou o país com Eu te amo meu Brasil, que estourou nas paradas de sucesso.O sucesso foi absoluto nos anos seguintes. Dom & Ravel se apresentaram por todo o país e nos principais programas de rádio e de televisão, ganhando vários prêmios. A música ufanista era utilizada
pelo governo em eventos cívicos.
Os irmãos Farias nasceram em Itaiçaba, no Ceará, Eustáquio em 1944 e Eduardo em 1947. Mudaram-se para São Paulo ainda crianças, nos anos 1950. Eduardo obteve o apelido de Ravel, dado por um professor de música, por causa de sua aptidão para a arte. Por volta dos anos 1960, a dupla, então já conhecida como Dom & Ravel, lançou seu primeiro LP em 1969, "Terra boa", que trazia entre outras a canção "Você também é responsável", transformada, em 1971, pelo ex-ministro da Educação, Jarbas Passarinho, no hino do Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral).
Nos anos 1970 a dupla atingiu grande sucesso, com a canção "Eu te amo meu Brasil", gravada pelo conjunto Os Incríveis. Outros sucessos da dupla foram: "Animais irracionais", "Só o amor constrói" e "Obrigado ao homem do campo". A ligação dessas canções, que na época levaram-nos ao sucesso, com a ditadura militar, levou a dupla ao ostracismo posterior. Dom, com nome de batismo Eustáquio Gomes de Farias, faleceu em dezembro de 2000, em decorrência de um câncer de estômago.
Ravel, com nome de batismo Eduardo Gomes de Faria,
faleceu em 16 de junho de 2011, de um ataque cardíaco.

domingo, 25 de setembro de 2011

"FÁBIO"


Fábio, cantor e compositor paraguaio naturalizado brasileiro. Apareceu no cenário da música popular brasileira ao final dos anos 60, estourando nas paradas de sucesso com Stella, gravada em 1969. Em 1970 alcançou o terceiro lugar no IV FIC-Festival Internacional da Canção com a música “Encouraçado” de Sueli Costa e Tite de Lemos, sendo premiado como melhor intérprete competindo com Ivan Lins, Gonzaguinha, Zé Rodrigues e outros. Sua popularidade aumentou graças à recortes de revistas e jornais. Com Tim Maia chegou a compor alguns sucessos, e fez muitas amizades no meio artístico. Ao longo de sua carreira, gravou 23 discos e conquistou os mais importantes prêmios da música popular. Ainda, Fábio é responsável pela vinhetas da Rádio Globo, usadas há mais de 30 anos, além das chamadas das grandes equipes de futebol tocadas na rádio. Atualmente reside na cidade do Rio de Janeiro.

domingo, 10 de julho de 2011

"OS BRAZÕES"



Os Brazões (a ortografia do nome da banda é com a letra "Z" e não com a letra "S"
foi uma banda brasileira de rock psicodélico e tropicalismo.
A banda é considerada uma das pérolas da psicodelia brasileira.
A banda foi formada no Rio de Janeiro no final de 1968 e serviu de apoio para vários cantores, entre eles Gal Costa e Tom Zé. Entre os seus principais shows estão um realizado com Gal Costa na Boate Sucata, no Rio de Janeiro, em abril de 1969, e outro realizado em maio do mesmo ano no Teatro de Bolso, com Gal Costa e Tom Zé.
A banda também defendeu a canção Gothan City, composta por Jards Macalé e Capinam, no IV Festival Internacional da Canção Popular, em 1969,e teve uma canção incluída na coletânea desse festival.
Ao contrário do que consta no Dicionário Cravo Albin, que afirma que a banda gravou E lançou dois álbuns,ela lançou apenas um.A formação que gravou o álbum da banda era constituída por Miguel de Deus (guitarra base), Eduardo "Edu" Rocha (bateria e percussão), Roberto (guitarra solo), Taco (baixo),e Mandrake (percussão, em participação especial) mas também passaram pela banda os músicos Sérgio Bandeyra (guitarra e voz, ex-integrante do Albatroz, banda em que Lulu Santos tocou no início de carreira), Paulinho Augusto (guitarra, que tocou no O Bando), Roberto (órgão), Luís Carlos (bateria e percussão), Francisco (bateria e percussão), Gastão (percussão), Clarita (backing vocal) e Walkíria (backing vocal).

A banda é muito elogiada por Nelson Motta na contra-capa de seu álbum,e em seu álbum são apontadas como destaque as canções Gotham City (regravada na década de 1980 pelo Camisa de Vênus), Pega a Voga Cabeludo e Volksvolkswagen Blue (ambas de Gilberto Gil), Momento B8 (do Brazilian Octopus) e Planador (do Liverpool).
Após o fim da banda, Miguel de Deus, que era baiano, integrou a banda Assim Assado, que tinha um estilo semelhante ao do Secos & Molhados e lançou um álbum, e depois participou do movimento Black Rio e lançou um dos discos mais cultuados do movimento, chamado Black Soul Brothers.
Em 2006, a banda teve a canção "Tão Longe de Mim" incluída na trilha sonora do filme 1972, e no mesmo ano a banda teve o seu álbum relançado em CD na série Som Livre Masters,que chegou a ser apontado como "um dos destaques do projeto", e ele se esgotou rapidamente.

Integrantes

Formação do álbum

Miguel de Deus: guitarra base
Eduardo: bateria
Roberto: guitarra solo
Taco: baixo elétrico
Participação especial:
Mandrake: percussão

Outros músicos que passaram pela banda

Sérgio Bandeyra: guitarra elétrica e voz
Roberto: órgão
Luís Carlos: bateria e percussão
Francisco: bateria e percussão
Gastão: percussão
Clarita: backing vocal
Walkíria: backing vocal



Discografia

Os Brazões
LP RGE Discos XRLP 5333 (1969, edição brasileira)
LP Fermata LF 174 (1970, edição argentina)
CD Som Livre Som Livre Masters - 0229 2 (2006)

Faixas:

Pega A Voga, Cabeludo
Canastra Real
Módulo Lunar
Volksvolkswagen Blue
Tão Longe de Mim
Carolina, Carol Bela
Feitiço
Planador
Espiral
Gothan City
Momento B8
Que Maravilha

Singles

Compacto simples

Feitiço/Gotham City RGE (1969)

Compacto duplo

Volksvolkswagen Blue/Espiral/Gotham City/Feitiço RGE CD80.279 (1970)

Coletâneas

IV Festival Internacional da Canção Popular Fermata FB 264
(1969, participação com a canção "Canastra Real")
Trilha Sonora do Filme 1972 (2006, participação com a canção "Tão Longe de Mim")

domingo, 22 de maio de 2011

"AVANÇO 5"


Uma raridade do rock brasileiro e da Jovem Guarda.
Aqui temos um dos muitos e até obscuros grupos
formados na ‘onda jovem dos anos 60’, o quinteto
Avanço 5 e seu único lp “Somos jovens”,
lançado (aparentemente) em 69.
Infelizmente não há muita informação sobre eles,
além do fato de serem também um grupo de acompanhamento
para outros diversos artistas da época.
Gravaram com Tony Campello um EP também em 69, o “Ritmos da Juventude”.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

"OS MEGATONS"


Os Megatons é uma banda brasileira de rock dos anos 60. A banda foi criada no inicio dos anos 60 pelo guitarrista Joe Primo do Jet Blacks e até 66 era exclusivamente instrumental.

domingo, 13 de março de 2011

"TRIO MOCOTÓ"


Trio Mocotó é uma banda de samba-rock, ritmo brasileiro.
O Trio Mocotó foi formado em 1968 na Boate Jogral, onde Fritz "Escovão", João "Parahyba" e Nereu Gargalo trabalhavam. Na época, a boate paulistana era o grande ponto de encontro da música brasileira e os três contratados da casa trabalhavam como banda de apoio para nomes como Clementina de Jesus, Nelson Cavaquinho, Cartola, Paulo Vanzolini, Manezinho da Flauta, além das históricas "canjas" com artistas brasileiros e outros ilustres visitantes como Duke Ellington, Oscar Peterson, Earl Hines.

Uma dessas canjas começou a se tornar frequente: Jorge Ben no violão, Fritz na cuíca, Nereu no pandeiro e Joãozinho com sua mistura de timba e bateria. Nessa época Jorge Ben estava morando em São Paulo e estava sem gravadora. A batida que nasceu desse encontro, se transformou em marca registrada e levou Jorge Ben e o trio definitivamente ao estrelato. E foi essa batida que deu origem ao samba-rock.[1] No próprio Jogral, Jorge e o trio assinaram com a Philips para a gravação de seu novo disco. O trio acompanhou Jorge em praticamente todas as faixas incluindo Que Pena, Domingas, Take It Easy My Brother Charles e País Tropical.

O nome

No ano de 1969 a moda havia, literalmente, descoberto a perna feminina, subindo as saias bem acima dos joelhos. Enquanto a minissaia escandalizava em seu sucesso, o joelho feminino ganhava um apelido: mocotó. Como o trio estava sempre brincando com a gíria nova e comentando as belas moças de "mocotós" expostos que frequentavam o Jogral, começaram a ser chamados informalmente de Trio Mocotó. A gíria "oficial" escondia também uma brincadeira de artistas como Wilson Simonal que frequentavam o Jogral. O mocotó, para eles, podia designar tanto o joelho, quanto partes íntimas femininas. A partir daí, Jorge Ben compôs "Eu também quero mocotó" com título de duplo sentido. No mesmo ano o nome do grupo teve de ser oficializado por causa da participação no Festival Internacional da Canção. Os três subiram ao palco ao lado de Jorge e defenderam "Charles, Anjo 45" debaixo das vaias de um Maracanãzinho lotado. O próprio Jorge já havia composto a música "Eu Também Quero Mocotó", que foi defendida no mesmo festival por Erlon Chaves e a Banda Veneno com Jorge e o Trio Mocotó como convidados. Além disso, o Trio Mocotó participou da antológica gravação de Toquinho e Vinicius de Moraes da música "A Tonga da Mironga do kabuletê", e de Chico Buarque em "Samba de Orly", do disco "Construção", de 1971.

Atual formação

João Parahyba
Nereu Gargalo
Skowa

Álbuns

1971: Muita Zorra! Ou São Coisas Que Glorificam a Sensibilidade Atual
1971: "On Stage with Jorge Ben - Live in Japan
1973: "Trio Mocotó"
1975: "Trio Mocotó"
2001: Samba Rock
2004: Beleza! Beleza!! Beleza!!!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

"MUGSTONES"


Conjunto de rock formado em meados da década de 1960, no auge da febre da Jovem Guarda. Contratados pela gravadora Polydor, lançaram o primeiro disco em abril de 1967, um compacto simples com as músicas “A grande parada”, de Fernando Adour e Márcio Greyck, e “Sozinho eu seguirei”. No mesmo ano, o conjunto lançou o LP “Os Mugstones” no qual interpretou as músicas “O sole mio”, de Di Capua e Capurro; “Minha bonequinha”, de Luis Silveira e Victor Hugo; “Toma pega leva”, de João Luis; “Gente maldosa”, de Glauco Pereira e Fernando Pereira; “Calcei sapatos novos”, de Nazareno de Brito e Geraldo Figueiredo; “Tema dos Mugstones”, de Luis Silveira e Márcio Vieira; “Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones (C’era un ragazzo che come me amava I Beatles e I Rolling Stones)”, de Lusini e Migliacci, e versão de Os Incríveis; uma seleção de polcas com “La bostella”, de S. Ditel e H. Bostel; “Liechtensteiner polka”, de Kotscher e Lindt, e “Asa branca”, de Luis Gonzaga e Humberto Teixeira; “O homem da luz vermelha (Tracy’s Theme)”, de R. Archor; “Na onda do meu bem”, de Getúlio Macedo e Darci Muniz; “A grande parada”, de Fernando Adour e Márcio Greyck, e “O homem do braço de ouro (Delilah Jones)”, de S. Fine e E. Bernstein. Ainda nesse ano, a interpretação do conjunto para a música “A grande parada” foi incluída no LP “Os novos reis do iê-iê-iê - Vol III!” da Polydor. Em 1968, o grupo foi contratado pela gravadora Continental, onde gravou seu último disco, um compacto simples com as músicas “Jovem demais”, e “Quando a saudade apertar”, de Carlos Roberto. Pouco depois, com o movimento da jovem guarda já em declínio o conjunto acabou se dissolvendo. O maior sucesso do conjunto foi a música A grande parada”, de Fernando Adour e Márcio Greyck.


Discografia:
- A grande parada/Sozinho eu seguirei (1967) Polydor / Compacto simples
- Os Mugstones (1967) Polydor / LP
- Jovem demais/Quando a saudade apertar (1968) Continental / Compacto simples

domingo, 30 de janeiro de 2011

"OS CANIBAIS"


Comparados aos seus similares dos anos 60 que permaneceram ativos até hoje, o grupo Os Canibais teve uma brilhante carreira meteórica, que resultou em vários discos, hits nas paradas de sucessos, apresentações nos principais programas de rádio e TV e a liderança nos principais circuitos de festas e bailes da época.
Tudo começou por volta do final de 1964 no pátio do Colégio Estadual Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro, região onde moravam os componentes da sua primeira formação. Seguindo a onda daquela geração, Aramis Barros e seus amigos de turma, tentavam formar um grupo vocal cantando nos intervalos das aulas quando sempre ficavam cercados pelos demais amigos. Além disso nos finais de semana o Aramis também sempre percorria o trajeto da sua casa no centro que viria a ser a futura sede dos Canibais até as proximidades da Praça da Bandeira para assistir aos ensaios do conjunto “The Blue Boys” (mais tarde “Os Abutres”) que foi o primeiro grupo do Sergio Ferraz, colega de colégio e futuro guitarrista solo dos Canibais.
Enquanto isso, o Max Pierre que estudava no mesmo lugar, também estava formando um grupo na Tijuca com amigos de seus parentes ali residentes.
O encontro pessoal e de idéias entre o Aramis (guitarra e voz) e o Max (então lider vocal) no pátio do Souza Aguiar foi inevitável. Os dois começaram a se apresentar com o pessoal da Tijuca em casa de parentes, clubes e igrejas próximos da região (Orfeao Portugal, Igreja do Menino Rei, etc.).
Mais tarde, numa conversa ao telefone, o Max e o Aramis dicionário em mãos, primeiro trocaram o nome para “The Cannibals” e imediatamente, para ficar diferente da maioria dos nomes em inglês dos grupos da época (The Fevers, The Jordans, The Clevers, The Jet Blacks, Renato e Seus Blue Caps…), levaram aos demais a idéia do nome em português que ficaria definitivamente: Os Canibais.
Logo a seguir, em maio de 65, veio o primeiro convite para atuar no programa “Clube das Garotas” com a apresentação de Sarita Campos, aos sábados nos estúdios da Rua Von Martius da recém inaugurada TV Globo no Jardim Botânico, onde além de fazer os seus próprios números, ainda acompanhavam todos os artistas jovens que ali se apresentavam, o que lhes valeu um grande desenvolvimento musical e o primeiro contato com o Primo do “Primo Trio” produtor da Musidisc, através do Ary Carvalhaes na ocasião baixista que ali se apresentava com o grupo do pianista Chaim, para um teste na Musidisc que acabou não dando em nada.
Ainda neste ano, com a saída do Wagner, o Sergio Ferraz entraria definitivamente para assumir a guitarra solo e o Elydio passaria para o baixo. Com esta formação, além de muitos shows pela cidade, começaram a se apresentar também em diversos programas de rádio, entre eles o programa Roberto Moreno pela Radio Tupi que era apresentado ao vivo do cinema Império na Cinelândia e no programa “Raimundo Nobre de Almeida” aos domingos na Rádio Difusora de Caxias.
Foi no programa do Roberto Moreno porém que Os Canibais receberam o convite para gravar pela Mocambo o seu primeiro compacto simples (CS): Eu Não Me Enganei (We Can Work It Out) e Para o Meu Bem (Ticket to Ride) e o convite para se apresentar no programa “A Festa do Bolinha” do Jair de Taumaturgo, através do conjunto The Fevers, que gratos pela cessão do nosso equipamento num dos referidos programas do Roberto Moreno, fizeram a “ponte” com o Jair de Taumaturgo…(obrigado The Fevers, obrigado Jair!!!), e onde se firmariam como o conjunto fixo deste programa e do José Messias, ambos na TV Rio, durante bastante tempo, acompanhando também todos os artistas da Jovem Guarda.

Nesta ocasião, já empenhados com os compromissos quase diários e nas turnés de shows no circuito da Jovem Guarda, o grupo Os Canibais se viu ante a necessidade de mais um componente para executar órgão e piano nas suas apresentações. Foi então que a cantora Denise Barreto trouxe o Horacio, que além de ótimo tecladista, ainda era um cantor excepcional.
A partir daí, com a ajuda do Jacintho, irmão do José Messias e produtor daqueles programas da TV Rio, Os Canibais passou a se destacar pela extraordinária mudança no repertório que apresentou de forma diferenciada, trazendo pela primeira vez para o público, sempre em primeira mão, a novidade da fidelidade dos covers das grandes bandas internacionais como Beatles, Rolling Stones, Bee Gees, Byrds, Hollies, Gerry And The Pacemakers, Monkeys, Herman Hermits, Bread, The Dave Clark Five, Animals, etc., ídolos em potencial daquela geração, em apresentaçoes antológicas ao vivo e nos principais programas de rádio e TV como “A Festa do Bolinha” de Jair de Taumaturgo, “Programa José Messias”, “Rio Hit Parade“, “A Grande Parada”, “A Discoteca do Chacrinha”, “Tvfone” de Luiz de Carvalho, que lançaram todos os grandes artistas do movimento da Jovem Guarda, bem como do histórico programa “Jovem Guarda” do Roberto Carlos e todos os demais principais programas de paradas de sucesso, líderes de audiencia dos anos 60/70.
O conjunto Os Canibais inovou também por ser o primeiro grupo brasileiro de pop-rock a se apresentar ao vivo com orquestra (Severino Araújo) em 1966 na TV Rio, (quando o sistema de “play-backs” ainda era prematuro) a música “Gina”, sugestão do José Messias, (compacto simples: Gina/Sou Canibal da Mocambo) do Festival Internacional da Canção, que vendeu mais de 100.000 cópias e permaneceu nos primeiros lugares das paradas em todos os meios de comunicação do Brasil por vários meses.
Seguiram-se a este hit, mais duas novas faixas do seu primeiro LP também pela Mocambo: “Garota Teimosa” (versão de “Time Won’t Let Me”, sucesso do grupo “Out Siders”) e “O Prego”.
Após a saída do Horacio para a sua carreira solo, o novo tecladista convidado foi o Roosevelt, também aluno do mesmo Colégio Souza Aguiar, e logo a seguir com a saída do Sergio Ferraz, seguiram-se na guitarra solo o Zeca (ex - Five Lovers) e o Fernandinho que ficaria até por volta de 72.
Com a formação Aramis/ Elydio/ Max/ Roosevelt e Fernandinho, Os Canibais agora já dominando o circuito de bailes no Rio ainda emplacariam também um compacto com as canções “Lá,Lá,Lá” do Festival Eurovision e “Pense Só Em Mim” , sob a produção de Joao Araújo ainda pela Mocambo e “Reencontro/ Voce Nao Vai” do compacto sob a produção de Mariozinho Rocha pela Musidisc, ambas também com grande orquestra em estúdio e ao vivo em suas apresentações em grandes programas no horário nobre de TV.
Em 1969 porém, depois do “Festival de Woodstock”, sentindo as grandes mudanças nos arranjos e letras da nova cara do pop-rock e da MPB (agora eletrificada) no Brasil, Os Canibais ainda fizeram mais um LP sob o pseudônimo de “BANGO” pela Musidisc, que só viria a ser lançado no ano seguinte mas sem grande repercussão na época devido a uma grande crise por que passou a gravadora que acabou sendo distribuída pela Padrao Distribuição de Fonogramas em 1970. Hoje este Cd pirata é encontrado numa forma “cult”, em sites na Inglaterra e da Alemanha como uma “banda brasileira de música psicodélica comparáveis aos Mutantes”.
Em 1974, Os Canibais já com a nova e definitiva formação desde 72: Aramis/ Elydio/ Max/ Roosevelt e Mauro no lugar do Fernandinho, ainda lançaram mais um compacto simples: “Hoje Amanha/ Cançao de Um Homem na Estrada” pela Musidisc.
Após a passagem deste “furacão”, seus componentes entraram em estado de “hibernação”, mas permaneceram ligados e ativos musicalmente até hoje no cenário artístico musical do mercado de discos, para agora voltarem a se reunir renovados e turbinados com o sangue novo de uma nova geração ávida pela curiosidade da qualidade das músicas das bandas dos anos 60/70, inclusive com a participação de seus filhos, aliada a essa incrível experiência, vivida pelos seus componentes originais.